domingo, 30 de dezembro de 2012

FELIZ 2013 A TODOS QUE ACESSAM E TAMBÉM PARA OS SEGUIDORES DESTE HUMILDE BLOG E PARA NÃO PERDER A MANIA TEM QUE SER COM MÚSICA QUE É PARA INSPIRAR A PERMANENTE NECESSIDADE DE ESPERANÇA DO SER HUMANO. IVAN LINS E O NOVO TEMPO.





Novo tempo

No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver

Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos

De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos

De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança

No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos

A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança


Nada é imutável, basta acreditar apenas se inspirando nesta sugestão para um jeito de ser que achei na web e considerei das mais interessantes que ja vi:



FELIZ 2013, SEM MEDOS, SEM MEDO, DE SER FELIZ....

flavio

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

TODOS OS ANOS, NA ÉPOCA DO NATAL, OS CANAIS DE TV, ABERTOS E FECHADOS, A MÍDIA DE UMA FORMA GERAL, APRESENTAM ESPECIAIS SOBRE A VIDA DE JESUS CRISTO. GERALMENTE SE ESQUECEM DA OBRA PRIMA DO CINEMA FRANCO ITALIANO, "O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS" DE PIER PAULO PASOLINI.

UMA OBRA DE ARTE ONDE JESUS CRISTO PODE SER NOTADO EM SUA ALTIVEZ CONTRA OS DESMANDOS DA HUMANIDADE REFLETIDOS NA CORRUPÇÃO E NA INJUSTIÇA DOS HOMENS. ACIMA DE TUDO, UM MOMENTO DE REFLEXÃO SOBRE NOSSOS ATOS NO DIA A DIA.




O "Essência Além da Aparência" não poderia ficar de fora deste momento.

Principalmente, porque o filme "O Evangelho Segundo São Mateus" foi incluído pela própria Igreja Católica entre os 45 filmes aprovados pelo Vaticano e nesta lista o clássico "Os Dez Mandamentos" não está. 

E porque isto?

Porque no filme, e vocês poderão assistir diretamente no site Glória.TV no link http://pt.gloria.tv/?media=135867&connection=corporate , Jesus Cristo interpretado por Enrique Irazoqui, apesar de aparentemente imodificável nas passagens mais marcantes do filme, se apresenta com impaciência com a falta de fé, com a incompreensão das pessoas em relação às escrituras de Deus, principalmente, com as eventuais más interpretações de suas palavras. 

O perfil de Jesus, na concepção de Pasolini contradiz com a visão comum de um Cristo meigo sempre disposto a tudo tolerar. 

Em O Evangelho Segundo São Mateus seus sermões são inflamados, e seu temperamento é constantemente sujeito a descontroles, como por exemplo, na forma exaltada com que ele reage ao estado corrompido em que encontra Jerusalém.

O filme segue de maneira fiel os textos do apóstolo Mateus que descreve todas as etapas da vida de jesus Cristo, de seu nascimento à ressurreição, porém vocês vão conhecer um Jesus Cristo, idealizado por Pier Paolo Pasolini, revolucionário e mais humano que divino, com traços de doçura e que reage com raiva à hipocrisia e à falsidade dos homens.

Caso queiram conhecer a obra e a vida de Pier Paolo Pasolini acessem http://pt.wikipedia.org/wiki/Pier_Paolo_Pasolini.


Este é o presente de fim de ano para os blogueiros que teimaram em seguir "O Essência Além da Aparência". Assistam esta obra de arte que tanto é um trabalho de fé, apesar do próprio Pasolini não ter tido esta intenção, que nem a própria Igreja Católica pode deixar de reconhecer.


OBRIGADO E FELIZ NATAL.


Flávio

sábado, 22 de dezembro de 2012

TODOS ANOS A GLOBO VEM COM O ESPECIAL DO ROBERTO CARLOS EU NÃO CURTO ESTES ESPECIAIS "GLOBAIS" MAS O ROBERTO CARLOS, O ROBERTÃO, O REI, EU GOSTO DELE ASSIM: NEGRO GATO... DETONANDO...

Esta é uma canção emblemática, tem um pouco de cada um de nós...não é?????




E que rock......


Negro Gato
Roberto Carlos

MIAAAAAAAAAUUUUU!
Eu sou um negro gato de arrepiar
E essa minha vida
É mesmo de amargar
Só mesmo de um telhado
Aos outros desacato
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!...

Minha triste história
Vou lhes contar
E depois de ouví-la
Sei que vão chorar
Há tempos eu não sei
O que é um bom prato
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!...

Sete vidas tenho para viver
Sete chances tenho para vencer
Mas se não comer
Acabo num buraco
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!...

Um dia lá no morro pobre de mim
Queriam minha pele para tamborim
Apavorado desapareci no mato
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!...

Auuuuuuuuuuuuu!
Oh! Oh! Oh!
MIAU! MIAU!...

Sete vidas tenho para viver
Sete chances tenho para vencer
Mas se não comer
Acabo num buraco
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!...

Um dia lá no morro pobre de mim
Queriam minha pele para tamborim
Apavorado desapareci no mato
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!
MIAAAAAAAAAUUUUU!
Eu sou um Negro Gato!

Flávio

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O BLOG NÃO PODIA DEIXAR PASSAR EM BRANCO ESTE MOMENTO. ROLLING STONES COMEMORA 50 ANOS DE ROCK ALEGRE, DIVERTIDO E IRREVERENTE. QUEM NÃO CURTIU UMA SÓ MÚSICA DO GRUPO? DIFÍCIL ENCONTRAR UM QUE NÃO TENHA CURTIDO...


Então vamos ao emblemático som dos Rolling Stones.




Todo show é uma festa...Lady Jane é inesquecível, eu ficava esperando tocar no rádio...




Quem ou viu Route 66 só com Depeche Mode, então conheçam esta versão...




Para encerrar a bela She`s a Rainbow (Ela é Um Arco Íris)...




Para os eternos corações apaixonados.....

Flávio

domingo, 16 de dezembro de 2012

JEAN-LUC PONTY COMBINOU VIOLINO COM JAZZ, ADICIONOU UM POUCO DE BOSSA NOVA E OUTROS RITMOS PARA CRIAR BELAS MÚSICAS INSTRUMENTAIS. FUNDOS MUSICAIS PARA A INTROSPECÇÃO.


O violino que tem suas origens no século XVI na Itália evoluindo de antecessores como a rebeca, a vielle e a lyra da braccio. Sua criação é atribuída ao italiano Gasparo de Salò.[6] Durante duzentos anos, a arte de fabricar violinos de primeira classe foi atributo de três famílias de Cremona: Amati, Guarneri e Stradivarius. Toda a invenção do violino foi conduzida pelas raízes do instrumento milenar chines erhu, as raízes deste instrumento foram os instrumentos de cordas friccionados por arco mais antigos já descobertos.

O violino propriamente dito manteve-se inalterado por duzentos anos. A partir do século XIX modificou-se apenas a espessura das cordas, o uso de um cavalete mais alto e um braço mais inclinado. Inclusive, a forma do arco consolidou-se aproximadamente nessa época. Originalmente com um formato côncavo, o arco agora tem uma curvatura convexa, o que lhe permite suportar uma maior tensão das crinas, graças às mudanças feitas pelo fabricante de arcos François Tourte, a pedido do virtuose Giovanni Battista Viotti, em 1782. O violino tem longa história na execução de músicas de raiz popular, que vem desde os seus antecessores (como a vielle). A sua utilização tornou-se mais expressiva a partir da segunda metade do século XV.

Jean-Luc Ponty foi pioneiro na utilização de um violino elétrico a 5 cordas, equipado de 1 corda baixa afinada em Dó. Utilizou também um violino elétrico a 6 cordas chamado Violectra, com baixos em Dó e em Fá. Mas não foi só isso, Ponty estudou como violinista clássico profissional no Conservatoire National Supérieur de Musique de Paris. Sua atração pelo jazz é devida às músicas de Miles Davis e de John Coltrane. E tem mais além de jazz, tem bossa nova. Ouçam e curtam.




Se você e refletir sobre esta música vai imaginar que ela é realmente o fundo musical de uma miragem.




Bom som...quando as coisas não estão bem, para relaxar, música gente, música.

Flávio

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

HOMENAGEM A RAVI SHANKAR MESTRE DA MÚSICA INDIANA E DA CITARA QUE NOS DEIXOU ONTEM, MAS VAI VIVER PARA SEMPRE NO CORAÇÃO DE TODOS QUE APRECIAM A BELEZA DO ESPIRITO DE MUSICALIDADE QUE EXISTE EM TODOS NÓS...


O anos era 1984, a turma de hist´ria da PUCCAMP de 1983 da qual eu fazia parte fez uma excursão de ônibus pelas cidades históricas de Minas Gerais.
Pouco antes do ônibus partir de Campinas, eu que tinha um toca fita portátil com fone de ouvido recebi emprestado da amiga e colega de classe Dione uma fita cassete com gravações de músicas indianas, era Ravi Shankar.

Enquanto o ônibus serpenteava pelas estradas nas montanhas de Minas Gerais eu ouvia o som viajante de Ravi Shankar, ali nasceu mais um fã desse maravilhoso músico indiano e do mundo.

Ouçam....






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Isso era e é Ravi Shankar, um músico digno das dividades. Depois de ouvir ele sua vida musical não será mais a mesma, pode acreditar.

Flávio Luiz Sartori

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

MOMENTO DE REFLEXÃO. TRISTEZA? NÃO, DE JEITO NENHUM. ESQUEÇA SEUS INIMIGOS E VAMOS SEGUIR EM PAZ...




Tristeza

Vamos prosseguir em paz
Em nome de Cristo, amém

Na companhia dos anjos e crianças
Nós encontraremos o fiel

Levante sua cabeça em seus portões gloriosos
E seja exaltado em suas portas eternas
E o rei da glória deverá entrar
Quem é o Rei da glória?

Sade, me diga
Sade, me dê

Vamos prosseguir em paz
Em nome de Cristo, amém

Sade, me diga
O que é que você procura?
O certo ou o errado?
A virtude ou o vício?
Sade, me diga, por que o evangelho do mal?
Qual é a tua religião? Onde está a tua fé?
Se você é contra Deus, você é contra o homem

Sade, você é diabólico ou divino?

Sade, me diga
Hosanna

Sade, me dê
Hosanna

Sade, me diga
Hosanna

Sade, me dê
Hosanna

Em nome de Cristo, amém

Eu gosto de canto gregoriano e dessa forma pop ajuda as pessoas a gostarem, não sou ateu, creio em Deus.
Faço oração por Jesus Cristo, Buda, Chico Xavier, Maomé e até mesmo por meus inimigos. Amém.

Flávio


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CORRUPÇÃO E ASSÉDIO MORAL ACONTECEM AO SEU LADO MAS VOCÊ NÃO PERCEBE OU NÃO QUER VER...


João Cândido Felisberto, também conhecido como "Almirante negro"  foi um militar 
da Marinha de Guerra do Brasil, líder da Revolta da Chibata em 1910. 
Se ele não tivesse feito sua parte, por quantos anos os marinheiros, 
principalmente os negros, continuariam a sofrer castigos corporais?


Tudo depende dos seus interesses ?

Parece que sim, principalmente quando as coisas erradas acontecem ao nosso lado e nós não queremos ver, fazemos vista grossa para tudo, para corrupção e também para o assédio moral propriamente dito.

Um ato de corrupção associado a prática descarada do autoritarismo acontecendo do nosso lado, atingindo as pessoas próximas, mas antes da fazer alguma coisa, tomar alguma iniciativa, preferimos pensar em nossos interesses particulares em jogo e que se dane o resto é assim que a vida vai em frente.

Então o que é isso?

Oportunismo e nada mais. Somente oportunismo.

Temos que refletir sobro isso.

Em 10 de Novembro de 2009 postei neste blog um texto sobre o Programa 12 Mulheres que na época era com entrevistas realizadas pela Jornalista Maria Candida. 
Nas entrevistas realizadas com 12 mulheres tailandesas, uma chamou a atenção, foi com uma mulher membro do parlamento da Tailândia.

A parlamentar  relatou que era uma policial que iniciou um trabalho social quando encontrou uma garota de 11 anos em um abrigo e que ela tinha sido estuprada pelo padrasto. Hoje a parlamentar participa de uma organização que se dedica a dar apoio as mulheres que não tem as denúncias que fazem por maus tratos encaminhadas pelas autoridades. O trabalho da organização é cobrar providências das autoridades. De acordo a parlamentar, se necessário, chefes e delegados de policia, secretários e até ministros são cobrados.

Mas o que me marcou mesmo na entrevista dessa mulher, que se dedica à política na Tailândia foi uma frase emblemática, ela disse: “Não podemos ter medo, se tivermos medo desistimos e nada acontece”

Isso mesmo, quem cala consente.

Quando acontecem coisas erradas em nossa volta e "fazemos vistas grossas" tudo continua da mesma forma e na maioria da vezes sofremos com isso.

Corrupção e  ASSÉDIO MORAL é tudo a mesma coisa gente, ou seja, são crimes. REAJAM SEMPRE ANTES QUE SEJA TARDE.



Flávio Luiz Sartori


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

FIQUEI PENSANDO EM COMO FAZER UMA HOMENAGEM PARA OSCAR NIEMEYER, ENQUANTO FILOSOFAVA SOBRE A OBRA DO MESTRE LI QUE ELE TINHA COMPOSTO UM SAMBA COM UMA ENFERMEIRA EM UMA DE SUAS INTERNAÇÕES, AI PENSEI SÓ PODE SER COM SAMBA E COM O SAMBÓDROMO, UMA DE SUAS OBRAS...

Acho que o mestre da poesia em forma de arquitetura iria adorar ser homenageado com samba e alegria, então ao vai grande mestre:




Valeu Oscar Niemeyer, valeu ,valeu, valeu.......até um dia...

Flávio

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

FIQUEI PENSANDO SOBRE TODAS FACES DO CRIME DEPOIS QUE POSTEI O TEXTO SOBRE A CORRUPÇÃO ENTÃO CHEGUEI A CONCLUSÃO QUE AS PESSOAS FICAM INDIGNADAS QUANDO VÊEM “OS BONS MOÇOS” POSANDO DE SÉRIOS EXECUTIVOS E CORROMPENDO NA CALADA DA NOITE IMPUNIMENTE, AI A REVOLTA EXPLODE NA PERIFERIA E QUEM CONTROLA?


Nada justifica qualquer tipo de crime, nem a corrupção silenciosa que se esconde nos gabinetes silenciosos e seus ocupantes soturnos sempre dispostos a faturar algum para manter seus....digamos LUXO.

Mas na periferia a desigualdade bate na porta todo dia e em qualquer lugar no mundo. Então esta bela música do original de Stevie Wonder adaptada por Coolio como Gangsta`s Paradise é também um grito de protesto contra a arrogância dos bandidos de gabinete, dos "bons moços" disfarçados de executivos competentes quando na realidade não passam de apenas e tão somente, no mínimo estelionatários... nada mais...

Com vocês:




Acompanhem a letra e tirem suas conclusões apenas isso e nada mais.....nada mais...

Até a próxima.


Flávio Luiz Sartori


sábado, 1 de dezembro de 2012

A CORRUPÇÃO É UMA REALIDADE QUE FAZ PARTE DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, DESDE OS TEMPOS ANTIGOS ARISTOCRATAS, GOVERNANTES, FUNCIONÁRIOS DE GOVERNOS E ATÉ MESMO O POVO COMUM CONVIVEM COM ESTA PRÁTICA.


O "Essência Além da Aparência" inicia hoje uma série de textos sobre a corrupção. Depois que uma alta funcionária do Governo Dilma, que tinha participado do Governo Lula, foi flagrada praticando tráfico de influência com pessoas da sua própria família, seus irmãos, no que deflagrou a Operação Porto Seguro, este blogueiro perdeu a paciência com a inoperância dos governantes em relação a corrupção e ao tráfico de influência que acontece próximo a eles. Se isso é proposital ou não são outros quinhentos, mas uma coisa é certa, a sociedade não pode ficar calada frente a esta situação, temos que reagir de forma racional sem se deixar levar por impulsos que tem como consequência o oportunismo político que geralmente é fruto da ação de outros corruptos que querem apenas desviar a atenção para longe deles mesmos.

Assim damos início a este tema com este belo texto do Blog História e Suas Curiosidades:


Marco Túlio Cícero, orador e filósofo romano se enriqueceu
através da corrupção.

UMA BREVE HISTÓRIA DA CORRUPÇÃO NA ANTIGUIDADE

A corrupção ativa e passiva não é um “privilégio” da geração atual. É antiga e sem data certa de nascimento ou de naturalidade. O antigo império romano, por exemplo, está recheado de exemplos que nos mostram o quanto tal crime era praticado, de modo que não somente o governo como a própria população se adaptaram a essa realidade - que, por sinal, acompanhou o nascimento, apogeu e declínio do grande império.


Rogamos a atenção dos leitores para os casos que iremos dispor logo abaixo, os quais só reforçam a ideia de que o amor pelo dinheiro e pela vida fácil acompanha a humanidade há milênios.

Em outra ocasião falamos que a divisão setorial e hierárquica na administração pública, mais ou menos como o concebemos hoje tem origem na antiga Grécia, mais precisamente na Atenas clássica. Roma “modernizou” tal prática e pretendeu manter um serviço público eficiente, suficientemente capaz de atender à demanda social-administrativa do governo.

Embora alguns imperadores não tenham medido esforços no sentido de combater a corrupção (foi lá, por exemplo, que surgiram os livros contábeis e a obrigação do governo prestar contas de suas receitas e gastos, bem como foi na velha Roma que surgiram os diários oficiais, cuja finalidade - dentre outras - era controlar os gastos e as atitudes tirânicas dos governadores), o que se viu no vasto Império foi o crescente número de casos de corrupção, cujos protagonistas iam do mais baixo ao mais alto escalão.

Os militares, a quem cabia o dever legal de prender eventuais criminosos, encabeçavam, ao lado da elite imperial, a relação dos grandes protagonistas dessa mazela. Nos campos, por exemplo, eles exigiam que os povoados lhes garantissem certa quantia, de sorte que o montante fosse pago continuamente, como se fosse uma gratificação institucional.

Eram os mesmos militares que exigiam, ainda, uma espécie de dízimo de tudo o que era produzido no campo. Assim, os trabalhadores eram obrigados a levar para celeiros públicos parte do trigo colhido para o sustento familiar.

O corporativismo entre os próprios militares era algo notório: para desfrutar de uma “folga”, de um repouso, bastava o subordinado comprar tal direito, ofertando ao seu chefe o que este julgasse suficiente para o caso em questão.

Atribui-se principalmente à corrupção o fato de haver – em tempos de paz - considerável baixa no quadro de efetivos nos vários regimentos, pois, em vez de estar em serviço no horário de serviço, o soldado “dava” uma escapulida, a fim de praticar atos alheios a sua tarefa militar, dentre as quais namorar e praticar roubos. Isto mesmo: o dinheiro obtido nos roubos era utilizado, em boa parte, para comprar o próprio chefe.

Tornou-se, assim, um ciclo vicioso, tão vicioso que ao perceber que um soldado estava enriquecendo, seus superiores ordenavam-lhe várias tarefas, pois sabiam que, para se livrar de tais obrigações, o soldado lhes pagaria maior quantia pelo repouso, pelo não cumprimento das exigências então impostas.

A corrupção era uma prática comum, tão comum que (sem exageros) acabou se tornando um modismo, algo natural, algo esperado por quem adentrasse ou precisasse do serviço público. O funcionário romano – pasmem – estava tão habituado ao referido crime que, para praticar um simples ato institucional, exigia algo de quem estivesse precisando do serviço público. Houve, inclusive, tabelamento de preços dos atos sujeitos à corrupção.

Ao ingressar no serviço público, o recém-servidor deveria (por costume) dar uma gorjeta ao seu chefe imediato. Era uma espécie de aviso de como a coisa funcionava.

Os governadores das províncias eram os mais agraciados com o corrompido sistema. Não hesitavam ao oferecerem vultosas propinas aos inspetores imperais, que, por sua vez, também não pensavam duas vezes e acabavam recebendo o fruto da corrupção.

Um desses govarnadores (após ser processado por crime de corrupção - uma raridade), em uma carta endereçada à amante, exclama: “Alegria1 Alegria! Venho a ti livre de minhas dívidas, depois de colocar à venda a metade de meus administrados”.

Sêneca, abordando o tema, diz que pilhar as províncias como governador era “o caminho senatorial para o enriquecimento”. Do ponto de vista financeiro, era preferível ser governador ao cargo de senador. O poder central, na maioria das vezes, fazia vistas grossas, desde, é claro, que recebesse a parte que lhe tocava.

A realidade visível ganhou espaço na literatura, e os poetas eróticos revelavam, em seus escritos, o esperado desejo feminino de contemplar seu marido deixar o lar por determinado tempo para enriquecer em uma província mais distante.

Cícero, famoso romano por sua erudição, depois de um ano como governador de província, voltou para casa milionário. E não escondeu sua façanha. Ele, que se tornou senador não pelo fato de ascender de família tradicional, mas pela enorme capacidade oratória (o que engradecia o Senado), representa, na atualidade, aqueles que, tendo um histórico de pobreza em sua vida juvenil, não pensam mais do que uma vez e sacam os cofres públicos, movidos por razões alheias à ética social e constitucional.


Temos que refletir sempre sobre os atos de corrupção, não podemos jamais perder a coragem de questionar e ficar impassíveis diante dos atos de corrupção. Jamais compactuar.

Até o próximo texto.

Flávio