Eu sou o pescador. Que parte toda manhã. Em busca do tesouro. Perdido no fundo do mar. Da música Atlântida de Rita Lee
quinta-feira, 27 de junho de 2013
ENQUANTO PREPARO NOVOS TEXTOS FIQUEM COM SHOW AO VIVO DO NEW ORDER - LIVE IN GLASGOW...
Música, quem canta seus males espanta... assim falava minha mãe...
Curtam...
flávio
sábado, 22 de junho de 2013
A VIOLÊNCIA E A AGRESSIVIDADE DE UMA PARTE DOS MANIFESTANTES NOS ÚLTIMOS DIAS ME FIZERAM LEMBRAR DE UM CLÁSSICO DO CINEMA QUE ABORDA ESTE TEMA MUITO BEM: THE WARRIORS - "SELVAGENS DA NOITE" AQUI NO BRASIL...
O filme aborda a violência a partir da luta de gangs em Nova York. Hoje um amigo, o Tarcísio, me alertava que os atos de violência nas manifestações dos últimos dias por parte da juventude eram atitudes que refletem a disputa entre grupos de jovens pela hegemonia de fazer ações cada vez mais espetaculares entre eles como maneira de alto afirmação.
Logo me lembrei de minha infância nas ruas de um bairro periférico, o Jardim Garcia, aqui em Campinas, quando organizávamos times de futebol das ruas em que morávamos para jogos contra times de outras ruas, eram disputas que as vezes tinham algumas brigas mas geralmente eram pacíficas, pois éramos amigos de escola, mas existiam grupos mais agressivos.
Nossa sociedade sempre impõe as pessoas um clima de competitividade que se reflete no nosso dia a dia e acaba por influenciar nossas ações. É bem possível que a maioria dos que estamos chamando de vândalos hoje sejam jovens que apenas estejam querendo se reafirmar diante da multidão.
Obviamente que a marginalidade esta se aproveitando da situação, mas que os jovens que circulam pelas cidades sem eira nem beira, na maioria das vezes sem conhecimento de seus pais sobre o que realmente fazem, também estão querendo ser notados, isso é fato...
O filme The Warriors mostra uma noite do cotidiano desses jovens, assistir ele nos remeterá uma reflexão sobre a violência nas manifestações dos últimos dias...
Direto do wikipedia:
O filme The Warriors se passa em Nova Iorque num futuro próximo. A cidade está tomada pelas gangues adolescentes que guerreiam entre si e contra a polícia local. Cyrus, o líder da maior gangue da cidade, Gramercy Riffs, declara uma trégua e convoca uma reunião na intenção de unir todos na guerra contra a abusiva polícia. No entanto, durante o seu pronunciamento, ele é assassinado por Luther, líder da gangue Rogues. Um dos Warriors (Guerreiros), do distante bairro de Coney Island, testemunha seu ato e é visto por ele. Para se livrar, Luther imediatamente acusa do assassinato a gangue dos Warriors, fazendo com que os Riffs prontamente assassinem o líder Cleon. Os Riffs anunciam numa estação de rádio que querem todos os Warriors, vivos ou mortos.
Assim, começa a corrida dos Warriors pela noite, tentando chegar de comboio até seu território, lutando contra todas as demais gangues hostis e a polícia.
The Warriors (Os Selvagens da Noite (título no Brasil) ) é um filme estadunidense de 1979 do gênero ação, dirigido por Walter Hill e baseado em roteiro de Sol Yurick. A história é sobre uma gangue de adolescentes de Nova York que é perseguida após ser acusada injustamente do assassinato de Cyrus, o lider da maior gangue da cidade. Um jogo de videogame foi lançado em 2005 pela empresa Rockstar Games. A trilha sonora do filme foi lançada no mesmo ano e inclui canções de Barry De Vorzon, Desmond Child, Joe Walsh, entre outros. O filme ganhou status de cult e influênciou gírias, músicas e ganhou fãs no mundo inteiro, apesar de não ser um grande sucesso de bilheteria no lançamento.
Um trailer do filme que esta gratuito para que quiser baixar pelo Ares...
Se eu conseguir a versão completa e posto aqui, até agora não consegui no youtube...
Flávio Luiz Sartori
terça-feira, 18 de junho de 2013
OS SENTIMENTOS DE DESENCANTOS QUE CULMINARAM NAS MANIFESTAÇÕES DE MILHARES DE BRASILEIROS NOS ÚLTIMOS DIAS ESTÃO PRESENTES NA NOSSA SOCIEDADE A MUITO TEMPO.
Todos os dias milhões de brasileiros vão para o trabalho como que se
fossem "sardinhas enlatadas".
As condições básicas e
objetivas para que o movimento com as maciças manifestações de ontem (17/07) eclodisse
já existem no Brasil a muito tempo, possivelmente
a décadas. Devido ao histórico caráter ordeiro e educado do povo brasileiro elas
estavam submersas nos sentimentos reprimido das pessoas.
A classe política é alvo de
indignação não é de hoje e não só no Brasil, na Grécia antiga e no Império
Romano também existiram políticos que cometeram a ilegalidade. Isso nunca
impediu que as sociedades evoluíssem e que bons governos proporcionassem ações
que culminassem em melhora na qualidade de vida dos cidadãos. Porém,
infelizmente, nada é perfeito, como acontecem coisas certas, também acontecem
coisas erradas e mesmo os acertos e os erros precisam ser mitigados, o que
serve para mim não serve para o meu vizinho.
Diante de um quadro onde
investimentos em infra-estrutura foram feitos para os eventos Copa do Mundo do
ano que vem e para as Olimpíadas de 2016, com obras que ainda não estão
concluídas, portanto, não estão totalmente disponíveis para a população, o
discurso que defende que estes gastos poderiam ter sido feitos em investimentos
nas áreas da saúde e da educação é um apelo que sempre vai encontrar apoio.
A educação e a saúde,
principalmente esta ultima, no que tange a obrigação do Poder Público, estão em
crise desde de que eu me entendo por gente, salvo algumas raras exceções são
deficientes permanentemente. Não adianta o cidadão da periferia poder comprar
um carro, uma geladeira e outros itens, até poder viajar uma vez por ano para
visitar um parente ou ir a praia se, não tiver condições de pagar um plano de
saúde (que também falham) e nesse caso quando precisar do serviço de saúde
público, quando seu filho estiver com febre ou a esposa tiver que dar a luz,
ele ser obrigado a ficar mais de oito horas na fila em um posto de saúde. Se no
Brasil estas contradições permanecem, então, isso significa que ainda não
saímos totalmente das contradições sociais agudas presentes na nossa história.
Nesse quadro temos um
transporte coletivo urbano de massa que é caro e sem qualidade e, não existe na
maioria das regiões urbanas mais densamente povoadas do Brasil, sistemas
viários que permitam o transporte urbano de maneira rápida.
Os brasileiros que dependem
do transporte coletivo de massa são obrigados a passar até quatro horas de um
dia de trabalho dentro de ônibus, trem ou metrô. Isso significa que um dia de
24 horas pode ter, na realidade apenas 20 horas. As pessoas são obrigadas a
viver com stress, portanto com uma propensão muito maior para a agressividade.
Assim, por mais tranqüilos
que possam parecer, os brasileiros vivem sob pressão a muito tempo. Em uma
situação como esta qualquer tensão pode dar origem a revolta contra
adversidades.
No passado organizar um
protesto era mais demorado porque não existia a Internet. Será que o golpe
militar de 1964 teria tido êxito nos dias de hoje com a existência da internet?
Se a maioria da opinião pública estivesse contra os golpistas a tarefa deles
teria sido muito mais difícil do que foi naquele ano, isto hipoteticamente
analisando.
Nesse sentido, se pararmos
para analisar com calma, vamos concluir que os 250 mil brasileiros que foram as
ruas ontem (17/06) representam uma parcela significativa da população, quase
que certamente a maioria, que carregam em com eles uma indignação contida já a
muito tempo, possivelmente desde a época do Regime Militar e depois as
constantes idas e vindas de sucessivos governos que nunca conseguiram
implementar medidas que realmente diminuíssem a desigualdade social histórica
no Brasil que durou até o inicio deste século.
Diante da realidade
colocada, tivemos no início deste ano uma ameaça de retorno da inflação que
ainda persiste, com a subida de preço de itens, principalmente de alimentação
e, mesmo que o aumento das tarifas de transporte tenha sido postergado, quando
aconteceu, não foi aceito com passividade pela população, principalmente os
jovens. Nesse contesto manifestações de protesto em ralação aos aumentos nas
tarifas de transporte, mesmo que não massivas já acontecem a anos.
Com uma conjuntura propícia
para o descontentamento reinante tivemos ainda um agravante muito sério, que
foi a violenta repressão contra a penúltima manifestação e que teve o ponto
alto em São Paulo na última quinta feira (13/06) de forma brutal e violenta
pela Policia Militar, como a muito tempo não via no Brasil. Sem sombra de
dúvidas, um componente agravante que se somou a indignação.
O papel fundamental da
propaganda em rede na Internet na convocação das manifestações foi determinante
para a reunião das multidões em um clima de indignação instalado, que aglutinou
outros componentes além do protesto contra o aumento nas tarifas do transporte,
dentre os quais o principal e decisivo foi o sentimento contra a repressão
policial desencadeada, principalmente em São Paulo, com contornos que
literalmente tocaram o lado emocional das pessoas, um componente que fez a
diferença.
Flávio Luiz Sartori
sexta-feira, 14 de junho de 2013
OS PROTESTOS CONTRA O PÉSSIMO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO E OS ALTOS PREÇOS DAS PASSAGENS, NA REALIDADE, DEMORARAM MUITO PARA ACONTECER NO BRASIL. A SITUAÇÃO É CAÓTICA A MUITO TEMPO.
O Papa Francisco quando ainda era só o cardeal argentino
Jorge Mario Bergoglio sempre ia para o trabalho de metrô.
Recentemente acompanhei uma entrevista de um cientista
social e ele lembrou com muita propriedade que o transporte de massa no Brasil
é ineficiente e caro desde o Governo Juscelino Kubitschek nos anos cinqüenta do
século passado. Sempre fui um entusiasta do transporte público de qualidade, sempre uso ônibus, quando o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito Papa Francisco no início deste ano, uma das primeiras informações sobre ele que conquistou minha simpatia foi o fato de que ele usava o metrô de Buenos Aires para ir de sua residência ao seu local de trabalho.
Para mim o transporte urbano, desde que com qualidade, é simplesmente uma das coisas mais racionais do mundo. Pagar um valor justo para ir para qualquer lugar, chegar lá com tranqüilidade e poder voltar sem problemas e a preocupação de ter que dirigir deveria ser a coisa mais comum no dia a dia das pessoas.
O interesse dos proprietários do transporte por tração animal
foi o principal empecilho durante anos para que uma cidade
como Nova York modernizasse seu sistema de transporte
urbano de massa.
A história do aperfeiçoamento do transporte de massas, que
também e principalmente é parte da conquista da qualidade de vida pela
população, não só do Brasil, mas também á nível mundial, nunca foi tranqüila.
Em Nova York no final do século XIX, mesmo com a tecnologia do transporte
urbano com uso da energia elétrica já aprovada em outras cidades dos EUA, a resistência
dos empresários que controlavam o transporte urbano por tração animal retardou
e por muitos anos a implantação de um sistema moderno e mais eficaz na cidade.
Como usuário eventual dos ônibus em uma cidade como
Campinas, uma metrópole, posso afirmar com toda segurança que o
descontentamento da população que usa o transporte urbano, principalmente para
ir trabalhar dentre tantas outras atividades é muito grande. Uma viagem para o
trabalho em Campinas pode durar até uma hora e meia para ida e outra uma hora e
meia para vinda. Ora, em um dia de vinte quatro horas, menos três, teremos um
dia de apenas vinte e uma horas para estas pessoas. Isso traz graves problemas
para o usuário, que inevitavelmente fica mais estressado, com menos disposição
para o trabalho e conseqüentemente sua atividade se torna menos produtivo. Em
conversa com empresários dirigentes do Centro das Industrias do Estado de São
Paulo, a CIESPE, de Campinas a pouco mais de um ano, ouvi críticas muito
incisivas deles feitas a seus colegas do setor de transportes urbanos e também
aos gestores do poder público da área de transporte exatamente porque em
decorrência desse sistema ser ineficiente muitos problemas com trabalhadores
estressados acontecem nas empresas trazendo prejuízos.
Isso significa que a política de transportes públicos no
Brasil já está mais que na hora de passar por profundas mudanças que deveriam
levar em consideração, principalmente a necessidade das comunidades que fazem
uso desse sistema de transporte a partir do uso das vias públicas de forma
racional. Vejam por exemplo, no bairro onde eu resido temos duas linhas de
ônibus que podem ser usadas porque o bairro fica praticamente no meio do
caminho até a periferia e já faz mais de vinte anos que o poder público sabe
que seria muito melhor se as duas linhas tivessem horários intercalados em até
mesmo pouquíssimos cinco minutos de diferença para que as pessoas como eu que
ficam no meio do caminho pudessem ter acesso ao transporte em espaço de tempo
menor e com veículos menos lotados, porém, apesar das inúmeras reclamações
esta adaptação nunca aconteceu. Nos horários de pico os condutores de uma das
linhas, que são perueiros ficam disputando verdadeiras corridas para pegar
passageiros com os ônibus das empresas da outra linha.
Em meio a esta realidade, com a melhora das condições sócio-econômica
da classe trabalhadora no Brasil nos últimos dez anos é cada vez mais inevitável
que as pessoas vão chegar aos seus limites de tolerância com a situação
colocada, isso significa que se o poder público não levar em conta a
necessidade de se impor sobre o interesse de setores empresariais, que podem
ser poderosos economicamente, mas são uma minoria, como parte do empresariado, continuaremos
a ter uma situação social cada vez mais deteriorada em relação ao uso do
transporte coletivo e o conseqüente o descontentamento crescente será
inevitável.
É importante refletir que o crescente descontentamento com a
baixa qualidade e o custo da tarifa do transporte urbano já esta tendo como
conseqüência a mobilização de uma parcela de um setor da população, os jovens.
Com manifestações que tiveram desfecho violento, principalmente em São Paulo e
no Rio de Janeiro. Isto deve servir de alerta de que a sociedade anseia por
medidas que vão de encontro as suas necessidades básicas diárias, dentre as
quais uma das principais é, sem sombra de dúvidas, o transporte urbano de massa.
Flávio Luiz Sartori
quinta-feira, 13 de junho de 2013
CARAMBA!!!! NESSE BLOG NÃO PODE FALTAR MÚSICA: AMY WINEHOUSE, YOU KNOW I`M NO GOOD.
Dispensa comentários....
Valeu, até breve...
FFFFFF
sexta-feira, 7 de junho de 2013
BLOG "A ESSÊNCIA ALÉM DA APARÊNCIA" LANÇA A CAMPANHA CONTRA A FOFOCA INSPIRADA NA OBRA DO PSICANALISTA BRASILEIRO JOSÉ ÂNGELO GAIARSA, AUTOR DA GENIAL OBRA "TRATADO GERAL SOBRE A FOFOCA".
O PRECONCEITO
A fofoca é o movimento contra o acontecimento
vivo, é uma defesa da estrutura contra a mudança.
Só os dois juntos, FOFOCA E PRECONCEITO,
podem dar uma ideia completa sobro o
funcionamento social e o da personalidade.
(José Ângelo Gaiarsa)
Para Gaiarsa, a fofoca vem de ações que seriam mal vistas por alguém ou pela sociedade e deixam de ser feitas, se tornando desejos reprimidos. Assim quando uma pessoa vê outra realizando um de seus desejos reprimidos, ela passa de sentir fascínio pelo outro para ódio e para se “vingar”, faz uma fofoca.
O problema das fofocas é que elas não são verdades completas, pois quem as espalha não teve a mesma experiência que o fofocado, e a cada pessoa que passa, ela tende a mudar um pouco porque o entendimento do ouvinte é diferente do fofoqueiro.
Todas as pessoas fofocam, independendo do cargo ou importância na sociedade. Mas as pessoas mais famosas tendem a ser mais fofocadas por estarem mais expostas, logo tendem a tomar mais cuidado com suas ações para serem vistas como modelos de cidadãos. A fofoca está presente em todos os lugares, em casa, no colégio, no trabalho, até quando se está sozinho, você fofoca consigo mesmo.
Somos muito focados em nós mesmos, muitas vezes nem percebemos o que está acontecendo ao redor, desde pequenos aprendemos que quando o pai está bravo ou a mãe triste, não devemos falar sobre isso, quando crescemos acabamos por nos tornarmos individualistas, o nosso convívio social se apoia em duas frases: “Se eu não disse então não existe” e “Se ninguém viu então não aconteceu”.
O autor divide as pessoas em mortais e iluminados, para ele os iluminados são os que quebram as barreiras impostas pela sociedade, e experimentam o fato antes de julga-lo.
Segundo o psicanalista, a única defesa eficaz contra a fofoca, seria falar tudo sobre a sua vida pessoal pra qualquer um em qualquer lugar, você estaria espalhando a fofoca, mas a diferença é que neste caso você saberia que tudo é verdade.
A fofoca está presente na mídia como que se fosse a coisa mais normal do mundo, olha ai a trilha da abertura da novela "Te Contei?", exibida nos anos setenta do século passado...
Aguardem os próximos capítulos desta campanha que só esta começando...
Flávio
terça-feira, 4 de junho de 2013
A FANTÁSTICA OBRA DE MOZART. COM VOCÊS A FENOMENAL "MARCHA TURCA". QUALQUER ALUSÃO AS MANIFESTAÇÕES DOS ÚLTIMOS DIAS NA TURQUIA TERÁ SIDO APENAS E TÃO SOMENTE "MERA COINCIDÊNCIA".
IMPRESSIONANTE.....
DISPENSA PALAVRAS....
Flávio
sábado, 1 de junho de 2013
MANIPULAÇÃO DA INFORMAÇÃO NÃO INFLUENCIA MAIS A MAIORIA DO ELEITORADO COMO ANTIGAMENTE. COM OS ELEITORES CADA VEZ MAIS EXIGENTES, ELEIÇÃO DE 2014 DEVERÁ SER MAIS DIFÍCIL, TANTO PARA O GOVERNO QUANTO PARA A OPOSIÇÃO.
Hoje em dia o eleitor não cai mais tão facilmente
em jogos de cena e manipulações da mídia.
A leitura política para ser séria deve ter componentes reais e não imaginários, precisa mostrar a realidade que ela procura explicar. A interpretação distorcida da conjuntura só se justifica em uma estratégia política que para ter sucesso necessita que a realidade na qual ela pretende inserir seja transformada em fantasia.
Nos últimos dias observamos que a oposição, principalmente o PSDB, a exemplo do que fez em 2005 com o mensalão e em 2009 com a crise na economia mundial, tem tentado de todas as formas criar um clima de crise tendo como epicentro a subida da inflação e um PIB muito baixo.
Todos nós sabemos que para a oposição ter chance segura de sair vitoriosa em 2014 precisa de um ambiente de crise, com a subida dos preços e a conseqüente inflação em uma situação de crescimento baixo da economia que teria como resultado a perda de apoio do atual governo junto a maioria da opinião pública.
Se isso não acontece rapidamente é necessário então que seja criado um clima que aponte para esta possibilidade de crise, mesmo que ainda estejamos em uma fase onde o que existem são indícios de que podemos ter um ambiente de carestia e queda do emprego em uma situação de perda da capacidade de compra, principalmente para a classe média emergente e aqueles que ainda não romperam plenamente a linha da pobreza, segmentos que hoje compõe a maioria da população brasileira.
Mesmo que os principais órgãos de imprensa do Brasil se alinhem sistematicamente com o projeto de poder da oposição e isso ficou mais evidente a partir da chegada de Lula e aliados ao poder em 2002, a realidade nos mostra que a maioria do eleitorado brasileiro tem se mantido refratário ao apelo da oposição e isso fica claro desde os períodos que antecedem as eleições presidenciais com articulações políticas e reflexos conjunturais na mídia nos biênios 2005/2006 e 2009/2010.
Um sinal inequívoco de que o discurso alarmista da oposição ainda não tem ressonância na opinião pública pôde ser constatado nos baixos números de citações do programa nacional na televisão do PSDB no último dia 30, quinta feira, no Microblog Twitter com apenas 8.615 mensagens.
Mesmo que o Jornalista Fernando Rodrigues em seu blog no UOL tenha tentado minimizar o baixíssimo número de mensagens em uma rede que tem milhões de seguidores no Brasil, ao escrever que o hashtag #psdbnuncamais, que faz parte do total de mensagens, foi articulado de maneira organizada por militantes ou simpatizantes petistas, incluindo o próprio perfil do PT (de simpatizantes), que teria estimulado a militância a entrar no jogo de repercussão na televisão aberta, não podemos deixar de observar que a massificação do apoio aos tucanos foi muito baixa no Twitter.
Isso tem basicamente dois motivos principais que Fernando Rodrigues não considerou:
1 - O debate político que esta acontecendo hoje na mídia é restrito basicamente às tvs fechadas, principalmente Globo News e Band News e também aos principais jornais escritos do Brasil (Folha e Estadão), portanto ainda está muito distante da maioria da opinião pública brasileira, principalmente levando em consideração que estamos a mais de um ano da eleição de 2014;
2 – O discurso da oposição, turbinado na mídia pró oposição em tom alarmista, ainda não está encontrando a ressonância desejada mesmos na minoria que acompanha o noticiário sobre o assunto.
A maioria da população pode até estar percebendo alta nos preços, porém dificuldades em arrumar trabalho e falta de dinheiro no bolso não só para pagar as contas, mas também para as compras cotidianas, isso ainda não esta acontecendo em escala massificada.
Além do sinal detectado pelo Twitter, Aécio Neves e seus articuladores a exemplo do que já aconteceu com Eduardo Campos, devem estar se deparando com os resultados das pesquisas qualitativas que certamente encomendaram e, conseqüentemente com a dura realidade de que o trabalho para convencer a maioria dos eleitores a votarem na oposição até Outubro de 2014 deverá ser muito mais difícil do que imaginam.
O que não significa que o Governo e seus apoiadores também não vão enfrentar uma dura batalha, principalmente porque o eleitor brasileiro está votando sistematicamente a cada dois anos desde a volta da democracia nos anos oitenta do século passado, o que significa que está acumulando experiência em como escolher os candidatos e de uma maneira cada vez mais inteligente e pragmática.
Isso é bom para a Democracia e para o Brasil.
Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com
Assinar:
Postagens (Atom)