quarta-feira, 31 de julho de 2013

TERCEIRA REPORTAGEM DA RECORD SOBRE O GLOBOGATE MOSTRA COMO O CRIME ROLA SOLTO NAS ALTAS ESFERAS NA RELAÇÃO DO PODER ECONÔMICO COM O PODER JUDICIÁRIO AQUI NO BRASIL. ATÉ ONDE PODE IR "FAMÍLIA ALCAPONE MARINHO"


Decididamente, fico pensando que perto da Globo, certas pessoas que são atacadas por ela todos os dias não passam de singelos "ladrões de galinha". 
Se a família Marinho, os três irmãos, que segundo o Paulo Henrique Amorim não tem nome, depois das manifestações, que aliás eles ajudaram a massificar, introduzindo a direita nelas, não forem justiçados no âmbito da legalidade, nada do que aconteceu nesse país nos últimos meses terá valido alguma coisa. Podem ter certeza disso.  


Direto do Jornal da Record:

O Jornal da Record teve acesso aos autos que condenaram a ex-funcionária de Receita Federal à prisão. No documento, ela é classificada como “criminosa contumaz”, que fraudava informações para beneficiar empresas endividadas. Ela sumiu com um processo que cobrava mais de R$ 600 milhões da Globopar, empresa controladora da Rede Globo. Exibida hoje, dia 31/07/2013.




REDE GLOBO NA BERLINDA: EM DUAS REPORTAGENS O JORNAL DA RECORD TRAZ AO GRANDE PÚBLICO QUE ACOMPANHA AS NOTÍCIAS PELA TV ABERTA O ESCANDALO DA SONEGAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA DA FAMÍLIA MARINHO, O "GLOBOGATE".


Desde o último dia 29, segunda feira, o Jornal da Record finalmente esta apresentando as prometidas reportagens sobre o escândalo da sonegação fiscal da Rede Globo, o chamado "Globogate". As reportagens com a participação do respeitado jornalista Luiz Carlos Azenha, que inclusive trabalhou na Rede Globo, mostram como aconteceu o furto de documentos relacionados ao caso e a iniciativa de parlamentares para que seja criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso Nacional para investigar a sonegação da Globo.

Direto do Jornal da Record:

Ao término do recesso parlamentar, o deputado Protógenes Queiroz começará a recolher assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito contra a emissora. Assim como no Congresso, o assunto gerou manifestações pacíficas em várias cidades contra a Rede Globo. Exibida em 30/07/2013.



A mulher recebeu condenação de quatro anos e 11 meses por furtar milhares de páginas de um processo da Globopar, empresa controladora da TV Globo. No documento, a emissora é acusada de simular operações para fugir do pagamento de impostos na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. Em nota, a Globo disse que não foi beneficiada pelo furto. Exibida em 29/07/2013.



Aguardem, a Rede Globo vai contra atacar com tudo, vai partir pra cima do Governo Dilma e do Ex Presidente Lula. Vai atacar a Rede Record também.

Observe os telejornais da Globo e a Globo News e confiram.



quinta-feira, 25 de julho de 2013

DIRETO DO BLOG O CAFÉZINHO: ESTADOS UNIDOS FINANCIAM "PROTESTOS DE JOVENS" NO MUNDO INTEIRO...

Dispensa comentários, apenas recomendo que assistam e tirem suas conclusões.
Ativem a legenda em português no próprio vídeo.




EUA financiam "treinadores em revoluções"....


NOS ÚLTIMOS DIAS ESTA SEQUENCIA DE ESTÓRIA EM QUADRINHOS TRAZ UM ENREDO, QUE SE VERDADEIRO MOSTRA QUE A PRINCIPAL REDE DE TELEVISÃO DO BRASIL ESTÁ NAS MÃOS DE CRIMINOSOS...PLIM PLIM...




Pra falar verdade, isto é tão sinistro que até da até calafrio de imaginar que seja real...
Por falar em verdade, espero que ela venha à tona e logo porque imaginar que fomos manipulados até hoje pela Globo ja é ruim, mas que seriam capaz de bandidismo a esse ponto é demais...

sábado, 20 de julho de 2013

ENQUANTO PREPARO O PRÓXIMO TEXTO, MÚSICA MARAVILHOSA: CANTO GREGORIANO PARA SER OUVIDO NA REFLEXÃO ESPIRITUAL QUE NOSSAS ALMAS NECESSITAM TODOS OS DIAS E QUE SEMPRE ESQUECEMOS DE FAZER...

Não sou um católico praticante, atualmente sou apenas um crente em Deus e faço minhas preces em qualquer religião.
Mas desde a eleição do Papa Francisco, logo no primeiro momento me identifiquei com ele plenamente, afinal, na essência ele quer o mesmo que eu, apenas questionar a desigualdade, principalmente quando fala da necessidade de olharmos para os pobres e os desvalidos...
E em homenagem a ele o canto gregoriano.








Um bom final e inicio de semana. Com Deus.

Flávio

quinta-feira, 18 de julho de 2013

DIRETO DO BLOG DA CIDADANIA: MARCOS COIMBRA, DIRETOR DO VOX POPULI CONFIRMA QUE AMOSTRAGENS USADAS PELO DATAFOLHA NAS SUAS PESQUISAS SÃO ERRADAS.

POLÊMICA LEVANTADA PELO BLOG "A ESSÊNCIA ALÉM DA APARÊNCIA" EM RELAÇÃO A AMOSTRAGEM USADA PELO DATAFOLHA PROVOCA DEBATE NACIONAL SOBRE PESQUISAS FEITAS PARA MANIPULAR E NÃO INFORMAR.

Marcos Coimbra: Diretor do Vox Populi.

No início deste mês publicamos dois textos com analises comparativas entre as amostragens usadas pelo Datafolha em suas pesquisas, em relação a escolaridade dos entrevistados, e os dados disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral. Em entrevista ao Blog da Cidadania, Marcos Coimbra, diretor do Vox Populi releva que os dados do TSE, por não serem atualizados certamente estão defasados, mas confirma que o método usado pelo Datafolha não inclui 20% dos municípios do interior e com menos de 20 mil habitantes, cujas populações tem escolaridade menor e onde a popularidade da Presidenta Dilma Roussef é maior.

Direto do Blog da Cidadania:


Diretor do Vox Populi afirma que Datafolha usa amostra errada


Há duas semanas este Blog publicou entrevista com Mauro Paulino, diretor do instituto Datafolha, sobre dúvidas que surgiram na Blogosfera sobre a última pesquisa daquele instituto sobre a imagem da presidente Dilma Rousseff e sobre a corrida para a sucessão presidencial.

Segundo alguns blogs, o Datafolha teria usado dados distorcidos sobre escolaridade dos entrevistados por diferirem dos dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral sobre o eleitorado. E como a pesquisa foi eleitoral haveria, aí, uma dúvida sobre sua veracidade.

O diretor do Datafolha argumentou que os dados do TSE são defasados e que pela sua própria metodologia o instituto constatou forte queda da presidente em todos os estratos sociais, regiões do país e em todas as faixas etárias e de gênero.

Surge, na terça-feira, pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (a 114ª) que deixou de ser feita com o instituto Sensus e agora se vale do instituto MDA. Essa pesquisa acaba confirmando o Datafolha, em larga medida.

Agora, o diretor do instituto Vox Populi, doutor Marcos Coimbra, fala ao blog sobre a metodologia do Datafolha, que considera errada, e sobre o quadro político, manifestações e sobre as eleições de 2014.


A longa entrevista, que durou cerca de uma hora, você confere abaixo.

Blog da Cidadania – Doutor Marcos, é um prazer conversar com o senhor. Há muito tempo espero por essa oportunidade porque sou fã de seus artigos e também – por vir acompanhando pesquisas há anos – do trabalho do instituto Vox Populi.

Marcos Coimbra – Eduardo, a admiração é recíproca porque também sou seu leitor e admiro muito o seu trabalho.

Blog da Cidadania – Obrigado, doutor Marcos. É muito bom saber disso.

Quero, então, pedir ao senhor que comente a pesquisa Datafolha divulgada recentemente e também a pesquisa MDA, feita para a Confederação Nacional dos Transportes e divulgada na última terça-feira.

Ambas mostraram uma pronunciada queda de aprovação da presidente Dilma Rousseff. Nesse aspecto, também peço seus comentários sobre a explicação que o diretor do Datafolha, doutor Mauro Paulino, deu a dúvidas que surgiram sobre a amostragem do nível de escolaridade de seus entrevistados, pois aquele instituto deu um peso muito maior aos eleitores com nível superior do que aquele que é dado pelo TSE.

Segundo o diretor do Datafolha, seu instituto usa uma outra amostragem porque a amostra do TSE, segundo ele, seria “defasada” em relação à realidade atual. O senhor concorda com ele?

Marcos Coimbra – Bom, Eduardo, o TSE não tem uma atualização das estatísticas sobre o eleitorado. As suas são baseadas no registro do eleitor ao se cadastrar ou se recadastrar como tal na Justiça Eleitoral a fim de tirar ou renovar o título de eleitor. Nesse sentido, acaba havendo uma sub-representação da parcela do eleitorado que adquire mais escolaridade depois de se registrar na Justiça Eleitoral.

Porém, a amostragem que o Datafolha utiliza em suas pesquisas difere alguma coisa da distribuição do eleitorado, a qual o instituto obtém através de fontes censitárias como as PNADs (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) feitas anualmente pelo IBGE…

Blog da Cidadania – Doutor Marcos, então o Datafolha usa dados da PNAD, é isso?

Marcos Coimbra – Não, não é bem isso. O Datafolha obtém no campo a escolaridade. Não vai para o campo com uma cota de escolaridade, como o Mauro Paulino respondeu à sua indagação. Eles têm apenas o sorteio de alguns setores censitários como o tamanho da população distribuído por diferentes categorias de porte urbano e em cada setor a cota é apenas de gênero e de idade. Então, o que eles têm é uma cota em que o entrevistador [do Datafolha] é obrigado a fazer uma determinada proporção de acordo com as faixas etárias e de acordo com o gênero, mas ele não vai para o campo com uma cota de escolaridade ou de renda ou de qualquer outra informação socioeconômica…

Blog da Cidadania – Mas isso não distorce a pesquisa? Porque na pesquisa Datafolha a amostragem de eleitores com nível superior é bem maior do que a do TSE.

Marcos Coimbra – É ligeiramente maior… Quer dizer, que a do TSE é realmente muito maior, como você diz, mas não muito maior do que no IBGE. A proporção no IBGE de eleitores com escolaridade superior é um pouco menor do que a do Datafolha, assim como a proporção de eleitores com ensino fundamental é maior. Mas concordo que a amostragem desses dados não deve ser feita com base no registro do eleitor no TSE porque esse registro é de fato defasado, pois conforme o tempo vai passando desde o registro do eleitor na Justiça Eleitoral as pessoas vão adquirindo mais escolaridade.

Blog da Cidadania – Sim, isso foi o que disse o doutor Paulino. Nesse aspecto, então a argumentação dele está correta?

Marcos Coimbra – Sim, mas o problema na amostra do Datafolha é a não representação da população residente em zona rural. Essa população não é incluída nas sondagens do instituto Datafolha e representa cerca de vinte por cento do eleitorado brasileiro.

Ora, se nós estamos discutindo a imagem da presidente Dilma, a população que reside em zona rural – que o Vox Populi e o Ibope pesquisam – dá uma aprovação bem mais alta a ela do que a população residente em zona urbana.

Mas também há uma outra discrepância na amostra do Datafolha, na distribuição da população em pequenos municípios, com menos de cinco mil eleitores, onde também é maior a aprovação de Dilma.

Então, a discrepância no nível de escolaridade do entrevistado pelo Datafolha é menos impactante do que a discrepância nessas outras variáveis a que me referi.

Blog da Cidadania – Então o problema seria quanto aos pequenos municípios e à zona rural?

Marcos Coimbra – Explico melhor: o problema é que nós, do Vox Populi, trabalhamos com a distribuição do eleitorado e o Datafolha trabalha com a distribuição da população. Por isso é que existe uma discrepância na representação da parcela residente em municípios pequenos, porque a proporção de eleitores nesses municípios é desproporcional em relação à população em geral.

Blog da Cidadania – Isso inclui a zona rural, também, que não aparece…

Marcos Coimbra – A zona rural definitivamente não entra na amostra do Datafolha. E existe uma sub-representação de eleitores residentes em municípios de pequeno porte. Em municípios de vinte mil eleitores para baixo, a representação no Datafolha é inadequada.

Blog da Cidadania – Doutor Marcos, o Vox Populi vai fazer alguma sondagem sobre a popularidade da presidente e sobre a corrida eleitoral?

Marcos Coimbra – Nós vamos divulgar, nos próximos dias, uma sondagem feita em parceria com a revista Carta Capital. Nós já fizemos uma primeira rodada no mês passado e agora estamos fazendo a programação de campo para uma segunda rodada no final de julho.

Blog da Cidadania – Sobre a pesquisa MDA, feita para a CNT e divulgada nesta semana – e que apontou quase a mesma forte queda de Dilma –, o senhor sabe se esse instituto usa os parâmetros do Vox Populi ou se usa os do Datafolha?

Marcos Coimbra – Não conheço a metodologia do instituto MDA. É apenas a segunda vez que esse instituto divulga um resultado nacional. Até então vinha fazendo pesquisas regionais. [Nota do Blog: o instituto MDA só fez pesquisas para a CNT em junho e em julho].

Blog da Cidadania – Seja como for, então o senhor entende que, mesmo havendo uma queda maior ou menor, houve, sim, uma queda forte na popularidade da presidente Dilma…

Marcos Coimbra – Nós concluímos no dia 11 de junho aquela primeira pesquisa que fizemos em parceria com a revista Carta Capital. Foi pouco antes de uma manifestação do Movimento Passe Livre. Então, cerca de dois dias antes daquela manifestação, já se percebia que estava ocorrendo um processo de queda na avaliação positiva do governo e da presidente da República. Em grande parte, aquela queda vinha sendo provocada pela deterioração das expectativas relativas à economia e pela percepção de problemas no que se refere à inflação.

Antes de começar esse ciclo de protestos e manifestações o governo federal já estava enfrentando problemas de imagem. Em relação a outras pesquisas nossas, a presidente já vinha enfrentando uma queda mínima de 10 pontos em praticamente todos os setores [Nota do Blog: setores por escolaridade, renda, região, idade e gênero]

Blog da Cidadania – Mas doutor Marcos, o noticiário sobre problemas na economia e a própria percepção das pessoas sobre problemas nessa mesma economia não se alterou em maio ou em junho, é uma coisa que já se arrasta há algum tempo. Agora, houve uma queda muito mais abrupta no espaço, vá lá, dos 30 dias de junho. Até que ponto, então, o senhor acredita que as manifestações aprofundaram e aceleraram esse processo de desgaste de imagem de Dilma?

Marcos Coimbra – O que ocorre é que o governo entrou nesse momento novo já fragilizado. É verdade que essa fragilização se deveu muito mais à deterioração subjetiva do que objetiva da economia brasileira. Um problema de certa forma crônico que há na economia brasileira e com o qual convivemos desde o Plano Real, que é um nível de inflação na casa de 4, 5 ou 6 por cento ao ano, foi transformado por ação política em um problema agudo, como se estivéssemos atravessando um período de descontrole, descalabro, ameaça de hiperinflação.

O alarmismo foi tão grande que no começo do ano começou-se a falar em apagão elétrico, do nada…

Blog da Cidadania – Ou seja, o senhor atribui à mídia, ao noticiário, um certo efeito de exacerbar uma situação que não chega a ser tão grave?

Marcos Coimbra – Completamente. Nós tivemos uma ação deliberada de desconstrução da imagem do governo fundamentalmente a partir de uma crítica à política econômica que acabou transformando a realidade em um cenário de problema agudo e descontrolado.

Blog da Cidadania – Mas doutor Marcos, aí o que a gente não entende é o seguinte: a mídia exacerba os problemas da economia há muito tempo, desde o governo Lula. Por que só agora esse comportamento dos meios de comunicação surtiu efeito?

Marcos Coimbra – Bom, primeiro acho que tem havido uma dose “a maior” nessa “cartelização” de opiniões sobre o problema econômico. E acredito que nós estamos chegando a um ano de um período de maior bombardeio e de consequente mais intenso desgaste da imagem do governo.

A coalizão governista, o Partido dos Trabalhadores e as lideranças do Partido dos Trabalhadores começaram a sofrer no meio do ano passado com o julgamento do mensalão, que se tornou um assunto obsessivo para a imprensa brasileira.  Do ano passado até agora, eu não tenho memória de um período análogo durante o governo Lula. A não ser durante o período de 2005…

Blog da Cidadania – Exatamente…

Marcos Coimbra – Fora do período de 2005, nem antes e nem depois Lula enfrentou um ano de desgaste tão intenso quanto Dilma enfrentou do julgamento do mensalão em diante, com essa sucessão de críticas à capacidade gerencial do seu governo e, agora, com essas manifestações, vistas claramente, pela mídia, como um sinal de desejo de mudança. E desejo de mudança obviamente que torna alvo quem está no Poder central.

Blog da Cidadania – Eu só não entendo, doutor Marcos, é que o problema de mobilidade urbana é um problema que tem muito mais relação com os governos estaduais e municipais do que com o governo federal. E a polícia que intensificou os protestos por conta de sua violência, da sua truculência em São Paulo, é uma polícia controlada pelo governo do Estado de São Paulo. Ora, foi essa polícia que fez essas manifestações adquirirem a dimensão que adquiriram. Então o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, põe a polícia dele na rua para bater no povo e a presidente da República é quem paga o pato?

Em 2005, a popularidade do presidente Lula foi caindo desde junho até dezembro e já no comecinho de 2006 ele se recuperou e venceu a eleição. Que paralelo o senhor traçaria sobre essa coincidência? Afinal, é exatamente ao mesmo tempo de distância da eleição que surge um terremoto político que causa exatamente o mesmo efeito na popularidade do governo e na de seu – ou da sua – titular.

Enfim, o senhor acredita em uma recuperação da imagem da presidente ou acha que vivemos um momento novo e que, por isso, não dá para fazer esse link com 2006?

Marcos Coimbra – Bom, primeiro acho que é semelhante, sim. Em 2005, as oposições políticas e civis consideraram que o governo não conseguiria chegar a 2006 em condições competitivas. Mas agora, conhecendo a experiência de 2006, acredito que não voltaremos a ter uma coisa semelhante, no sentido de as oposições se acomodarem e esperarem Dilma “sangrar” naturalmente. Elas insistirão na estratégia – ou em uma soma de estratégias – de não dar trégua, de forma a não perderem a eleição de 2014.

Temos que entender que a derrota no ano que vem seria muito complicada para as oposições, porque significaria que elas chegariam a 2018 em condições muito difíceis de disputa. Seria preciso até balizar com que nomes elas chegariam até lá.

Assim sendo, como Dilma foi adquirindo uma popularidade muito alta, passou a ser fundamental intervir o quanto antes para evitar que o cenário de uma vitória dela em 2014 se consolidasse.

Blog da Cidadania – O senhor acha que essas manifestações foram espontâneas ou o senhor vê uma estratégia política, uma utilização dessas massas na luta para recuperar o poder?

Até onde se sabe, alguns partidos de esquerda como o PSOL e o PSTU influenciaram as manifestações. Depois essas manifestações foram tomadas, praticamente, pela direita e inclusive por movimentos de ultradireita, tais como neonazistas etc.

Haveria alguma estratégia política por trás das manifestações?

Marcos Coimbra – Não tenho nenhuma informação que comprove que tudo se deu a partir de uma estratégia concentrada a partir de um núcleo político qualquer, mas isso não quer dizer que as manifestações não acabaram tendo essa consequência de minar a popularidade do governo. Porque, a meu ver, a grande maioria dos manifestantes Brasil afora, o grosso dessas manifestações, sempre foi para o antipetismo.

Blog da Cidadania – Daqui até as eleições, que possibilidades o senhor enxerga para o governo retomar a boa condição política que tinha até meados de maio?

Marcos Coimbra – Primeiro, nós temos um ano e alguns meses até a eleição. Em um ano, como já vimos em governos anteriores, foi possível se recuperarem.

A questão é que os problemas não são basicamente econômicos. Os sinais são confusos. Tenho visto, nos últimos dias, pessoas que não têm nenhuma simpatia pelo governo ou pelo PT dizendo que é muito provável que tenhamos um crescimento na economia deste ano bem maior do que o do ano passado. Assim como é muito provável que tenhamos inflação sob controle até o final do ano.

Então, com inflação sob controle, pleno emprego, população com poder de compra alto e crescimento melhor será muito difícil insistir na argumentação de que o país está indo à bancarrota, que foi praticamente o tema desses últimos 3 ou 4 meses.

Além disso, a favor de Dilma tem um fator que é muito forte em nossa cultura que é a inércia da reeleição. As pessoas refletem que é até possível que este governo não seja o ideal, mas sabem que os outros políticos que conhecem não fizeram muito melhor.

Blog da Cidadania – Só o que preocupa, doutor Marcos, é que não se acredita que a população tenha sentido na pele qualquer tipo de problema antes de ocorrer o terremoto político dos últimos meses. O emprego vem crescendo há muito tempo. Até aqui, o país vem vivendo uma situação de pleno emprego e crescimento da renda.

Então, a pergunta é: o que levou um setor da sociedade – acho que o senhor irá concordar que foi uma classe social que foi à rua e não “o povo” – a se manifestar não foi um sentimento de piora na qualidade de vida.

A população em geral não perdeu qualidade de vida. Ainda assim, comprou essa ideia de que o país estava indo mal. A queda da popularidade do governo, então, pode ter sido causada por um pico de inflação, aquela história do tomate, ou o que mais, de concreto, pode ter gerado tanto descontentamento?

Marcos Coimbra – Veja que não houve uma deterioração objetiva da economia, no sentido de as pessoas sentirem problemas na pele. O que nós estamos falando é que foi construída uma imagem – que é muito mais subjetiva do que objetiva – de que o país estava “indo mal” e um dos “sintomas” desse “estar indo mal” vêm sendo o baixo crescimento da economia e o aumento da inflação. E então esses dois temas foram insistentemente tratados por toda indústria da comunicação nos últimos seis meses e isso teve efeito.

Não que as pessoas estivessem vivendo uma crise, mas ficaram com a sensação de que as coisas estavam “indo mal”. Ficaram inseguras em relação ao futuro imediato. É disso que estamos falando.

Além disso, a confusão que se criou em algumas cidades, isso contribui para essa sensação de insegurança.

Você ver na televisão, ler no jornal, perceber através da internet que tem gente dando tiro… Tem fogo, tem bala, tem fumaça, tem gente morrendo na rua. Isso aumenta muito a sensação de insegurança também entre a parcela da população que não foi para a rua e que não está vivendo uma situação objetiva de piora da própria qualidade de vida. Isso faz a população sentir-se menos satisfeita.

Essas pessoas já estavam inseguras com relação à economia, por conta do noticiário, e ficaram mais inseguras ainda quando viram esse cenário que eu não conhecia na história política brasileira a não ser nas manifestações contra a ditadura em 1968, uma coisa remota.

Blog da Cidadania – Então o senhor entende que a mídia teve um papel preponderante nessa, digamos assim, desmoralização do governo se valendo de alguns fatos concretos como inflação, baixo crescimento. E o tiro de misericórdia, então, teria sido a ida de um setor da sociedade – ou de uma classe social – à rua, conferindo verossimilhança ao que a mídia diz.

Seria mais ou menos isso, doutor Marcos?

Marcos Coimbra – É, mais ou menos isso… E, aliás, não é por outra razão que exatamente esses mesmos veículos de comunicação se transformaram em defensores do povo na rua. Coisa que jamais tinham sido na história brasileira.

Assim, fica concluída a entrevista. Contudo, o doutor Marcos Coimbra cometeu um engano na sua última resposta. Já existiu forte apoio da grande imprensa a movimentos de rua, sim. Essa “grande imprensa” apoiou, com fervor, as manifestações de rua que antecederam o golpe de 1964…



segunda-feira, 15 de julho de 2013

ENQUANTO PREPARO O PRÓXIMO TEXTO, MÚSICA. PARA MIM UMA ORQUESTRA SINFÔNICA DE VERDADE TEM TOCAR ASSIM.



Carlos Gomes deveria representar para Campinas
o mesmo que Mozart representa para Salzburgo, Áustria.

Que me desculpem as pessoas que pensam diferente....




E com Carlos Gomes dispensa comentários...


Flávio

quarta-feira, 10 de julho de 2013

DEPOIS DE PERDER A CAPACIDADE DE MANIPULAR A MAIORIA, PARA AS ORGANIZAÇÕES GLOBO, SÓ RESTOU FAZER O DISCURSO QUE AINDA ENGANA UMA MINORIA ATRAVÉS DA GLOBO NEWS NA TV FECHADA.

MESMO ASSIM FOI DESSE SEGMENTO DE CLASSE MÉDIA TRADICIONAL É QUE VIERAM OS MANIFESTANTES MAIS RAIVOSOS E COM DISCURSO "DIREITOSO" NAS RECENTES MANIFESTAÇÕES.

Todos os dias Gerson Camarotti percorre os corredores
do Congresso Nacional e do Governo para escrever uma
estória onde sempre "as coisas não estão boas" para o
Governo da Presidenta Dilma Roussef.

A Rede Globo que todos conhecemos manipula e direciona a opinião pública, isso todos nós sabemos já a muito tempo, mas também temos claro que no decorrer dos últimos anos, principalmente depois da virado do século, com a massificação da Internet, a Globo vem perdendo espaço em uma escala cada vez mais acelerada na capacidade de manipular as massas.

Nas manifestações do mês passado a Rede Globo foi praticamente enxotada pela imensa maioria dos manifestantes. Mesmo quando em um determinado momento, o movimento articulado contra o aumento das passagens de ônibus foi capturado pelo discurso antigoverno da direita, a massa continuou contra a Globo, aqui em Campinas milhares que estavam nas ruas, quando viram a equipe da Globo tentando fazer uma reportagem sobre os protestos, logo começaram a gritar “Rede Globo vai tomar no ....” (desculpem a sinceridade).

No entanto, mesmo sendo identificada pela maioria das pessoas como uma emissora de televisão comprometida com o interesse dos poderosos, a Globo continua mantendo ainda um formidável exercito de seguidores que praticamente são manipulados, grande parte deles de forma inconsciente, todos os dias, não só via TV aberta, que é mais superficial e direta, mas através da Globo News na TV fechada, que tem um discurso elaborado e trabalhado que encontra ressonância, principalmente naqueles que tem origem nos seguimentos sociais mais conservadores da sociedade brasileira, provavelmente os mesmos que o guru Marcos Coimbra definiu muito bem na Carta Capital como a classe média anti petista. A Band News também trabalha esse segmento, mas não de forma tão elaborada quanto a Globo News.

Para conseguir isso a Globo News tem a sua disposição profissionais oriundos de seus próprios quadros e também dos chamados jornalões de São Paulo, principalmente da Folha de São Paulo. Tudo articulado em uma estratégia combinada, onde o mesmo discurso é trabalhado em várias frentes, na Internet e na imprensa escrita via Folha e UOL e na TV por assinatura pela Globo News.

Olhem só como funciona, de manhã você lê a Eliane Cantanhede escrevendo sua crítica habitual contra o Governo do PT e espinafrando os aliados na Folha, à noite lá esta ela de novo fazendo a mesma coisa no Em Pauta da Globo News.

À tarde, quem geralmente entra em ação é uma conhecida de muito tempo, Leilane Neubarth, que já passou pela TV Globo aberta. Leilane atua como uma verdadeira porta voz da classe média enfurecida, suas intervenções são sempre feitas com a fala em tom afirmativo como que se tivesse dando ordens para quem assiste ela. Durante as manifestações suas apresentações eram praticamente verdadeiros discursos de chamamento aos manifestantes, quando os vândalos começaram a agir de forma descontrolada, Leilane ficou atônita, sem entender o que acontecia, sua fala, ou melhor discurso, perdeu o rumo.

Durante as manifestações até o discreto Jorge Pontual
teve seu momento de "militante" da Globo (PIG) quando
tentou comparar a Presidenta Dilma com Maria Antonieta
e usou com exemplo um possível comentário da 
rainha sobre a revolta popular na Revolução Francesa, 
onde ela teria dito que se não tinha pão que dessem 
briochesaos pobres, um fato que não foi comprovado 
e que é contestado por muitos historiadores.

Porém, o mais impressionante é o Gerson Camarotti, que tem a função de fazer as análises políticas. Seu trabalho é construir sempre um ambiente onde nada dá certo para o Governo, maior exemplo disso foi ontem dia 10, quando ele fez a cobertura da chamada Marcha dos Prefeitos com a presença da Presidenta Dilma Roussef. Ora todos nós sabemos que em um evento como este com prefeitos de todo Brasil, dezenas deles são tucanos e da oposição em geral. Nessas alturas do campeonato vão estar contra a presidenta, mesmo que ela faça milagres por eles. Gerson Camarotti transformou sua reportagem, aliás, como sempre faz, em uma estória de um evento onde o ambiente para o governo teria sido só desfavorável.

Camarotti não tem a agressividade de Leilane, tem outra forma de construir suas estórias, explica de maneira didática e ao mesmo tempo distorce os fatos, para isso conta com a ajuda de políticos da oposição e até mesmo com desgarrados da "base governista" sempre disponíveis para estes momentos.

Com um clima como esse, as reportagens e até mesmo os debates na Globo News, são praticamente feitos para alimentar o deleite de assinantes ávidos todos os dias por um discurso anti governo que dê a eles a esperança de que desta vez, em 2014, a “história poderá ser diferente que em 2002, 2006 e 2010”.



Flávio Luiz Sartori


terça-feira, 9 de julho de 2013

BLOG DE FLÁVIO LUIZ SARTORI NO TWITTER ULTRAPASSA A MARCA DE DE QUARENTA MIL SEGUIDORES...


O Blog no twitter tem a função de ser linha auxiliar na divulgação de informações e textos publicados no "Essência Além da Aparência"


Acessem o blog no https://twitter.com/flsartori


Flávio Luiz Sartori

sexta-feira, 5 de julho de 2013

PESQUISAS DO DATAFOLHA DE AVALIAÇÃO DOS MANDATOS DO GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN E DO PREFEITO FERNANDO HADDAD: MANIPULAÇÃO DAS COTAS DE ENTREVISTADOS POR ESCOLARIDADE CERTAMENTE DISTORCERAM OS RESULTADOS...


Nossa obrigação será sempre se livrar das 
amarras da manipulação.

O objetivo deste estudo é o de que seja cumprida uma missão cidadã em relação a forma como as informações chegam para as pessoas, neste caso em especifico aos eleitores. Cabe ao Datafolha esclarecer a opinião pública sobre os questionamentos levantados aqui.

Nesta última pesquisa do Datafolha, a PO813594, de 27ª 28 de Junho de 2013, temos um relatório só com a avaliações, do mandato do Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin e também do mandato do Prefeito da Cidade de São Paulo, Fernando Haddad.


Como na análise da pesquisa de avaliação do mandato da Presidenta Dilma Roussef temos distorções nestas pesquisas que enviesaram o resultado delas no sentido de favorecer em números favoráveis a gestão do Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e em resultados desfavoráveis a gestão do Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.


AVALIAÇÃO DA GESTÃO GERALDO ALCKMIN SEGUNDO O DATAFOLHA

A Análise apontou dois números diferentes no próprio Relatório do Datafolha, link https://docs.google.com/file/d/0BwNK3WsXNyivcDkzVWtKT3hJcW8/edit?pli=1, no que se refere as cotas por escolaridade. Na página 05 do relatório temos os seguintes números:
















Em uma amostra de 1.723 pessoas entrevistadas pelo Datafolha, teriam sido feitas 37% entrevistas com eleitores com escolaridade até o Ensino Fundamental, 42% com escolaridade até o Ensino Médio e 21% com escolaridade até o Ensino Superior.

No entanto, na página 06 do mesmo relatório estes números estão diferentes quando é feito o calculo sobre o número real de pessoas entrevistadas, segundo o mesmo relatório.

De acordo com os números acima, foram entrevistadas na amostragem total de 1.723 pessoas, 601 pessoas, que representam na realidade 34,9% da amostragem com escolaridade até o Ensino Fundamental, 716 pessoas, que representam 41,5% da amostragem com escolaridade à nível de Ensino Médio e 406 pessoas, que representam 23,6% da amostragem total, com escolaridade à nível de Ensino Superior. Estes números são conflitantes com os da página 05 á nível do próprio Relatório de Pesquisa do Datafolha, em 2 pontos a menos para as entrevistas realizadas com pessoas com escolaridade á nível de Ensino Fundamental e de 2,6 pontos percentuais a mais em relação as pessoas entrevistadas que cursaram o Ensino Superior. Estas diferenças certamente que enviesam os números finais da pesquisa para resultados favoráveis a avaliação positiva do Governador Geraldo Alckmin.

Portanto, como no mesmo relatório temos duas bases de amostragem com números diferentes para a mesma pesquisa e como na página 06 do mesmo relatório estão os totais usados para as cotas de entrevistas com valores maiores, optamos por usar estes números para efeito de comparação com os dados atualizados do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, na estratificação do eleitorado paulista por escolaridade que, aliás, são bem diferentes das cotas de entrevistas utilizadas pelo Datafolha:






















Como podemos constatar na tabela acima, de acordo o TSE, hoje, 10,1% dos eleitores paulistas estudaram até o nível de Ensino Superior. O Datafolha, no entanto, trabalha com uma cota de 23,6% que representam 406 entrevistas com pessoas que responderam ter Curso Superior na sua pesquisa, portanto, 12,6 pontos percentuais acima dos números do TSE.

No mesmo relatório do Datafolha o número de entrevistados paulistas dos que responderam ter estudado até o Ensino Médio foi 41,5%, portanto uma diferença pequena de 0,7 décimos de um percentual em relação aos números do TSE referentes ao Estado de São Paulo que tem um eleitorado de 42,2% de pessoas que estudaram até o Ensino Médio.

Em relação a cota de entrevistados pelo Datafolha com escolaridade até o Ensino Fundamental, o Datafolha informa que entrevistou 34,9% do total de 1.723 pessoas da amostra. Quando comparamos esta cota com os números dos dados do TSE constatamos que em São Paulo são, na realidade 45% de eleitores com escolaridade até o Ensino Fundamental, portanto uma diferença de 10,1 pontos percentuais a mais para a cota de entrevistas utilizada pelo Datafolha.

Estas diferenças em números demonstram de forma cabal que o Datafolha pode estar manipulando as informações levantadas em suas pesquisas de acordo com o resultado que for necessário.

A queda na avaliação positiva do Governador Geraldo Alckmin foi menor entre os eleitores com escolaridade até o Ensino Superior conforme podemos constatar na tabela da página 22 do relatório da pesquisa.






















AVALIAÇÃO DA GESTÃO DO PREFEITO FERNANDO HADDAD SEGUNDO O DATAFOLHA.

A avaliação do mandato de seis meses do Prefeito Fernando Haddad  também está  no Relatório do Datafolha no link https://docs.google.com/file/d/0BwNK3WsXNyivcDkzVWtKT3hJcW8/edit?pli=1 . Os números referentes as cotas usadas nas entrevistas realizadas na cidade de São Paulo no item de entrevistas por escolaridade estão nas páginas 37 e 38 e neste caso não são diferentes dentro do próprio relatório como no caso anterior da avaliação da gestão do governador Geraldo Alckmin.

Em relação as cotas de entrevistas por escolaridade usadas pelo Datafolha na pesquisa de avaliação do mandato do Prefeito Fernando Haddad de São Paulo, os números são os seguintes:








Em relação aos dados atualizados do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, referentes a estratificação do eleitorado da Cidade de São Paulo, por escolaridade, temos uma realidade que também é bem diferente das cotas de entrevistas utilizadas pelo Datafolha:






















Constatamos na tabelas acima, de acordo o TSE, que 14,1% dos eleitores paulistanos chegaram até o nível de Ensino Superior. O Datafolha, no entanto, trabalha com uma cota de 26,3% que representam 291 entrevistas com pessoas que responderam ter estudado até o nível de Escolaridade Superior na pesquisa, portanto, 12,2 pontos percentuais acima dos números do TSE.

No caso das cotas referentes a escolaridade por Ensino Médio, de acordo com o TSE temos 43,6% de eleitores paulistanos neste nível. O Datafolha utilizou uma cota de 450, que representam 40,7% de entrevistas de sua amostragem total para a Cidade de São Paulo. Portanto uma diferença 2,9 pontos percentuais a menos na cota de entrevistas usada pelo Datafolha.

Em relação a cota de entrevistados pelo Datafolha na Cidade de São Paulo com escolaridade até o Ensino Fundamental, o Datafolha entrevistou 365 pessoas, 33% do total da amostra. Quando comparamos esta cota com os números dos dados do TSE, constatamos que no Município de São Paulo eles são 40,1% de eleitores com escolaridade até o Ensino Fundamental, portanto uma diferença de 6,9 pontos percentuais a menos que a da cota utilizada pelo Datafolha.


Conclusão

Na pesquisa de avaliação do mandato do Governador Geraldo Alckmin o Datafolha apresentou em um mesmo relatório duas versões para a estratificação por escolaridade da amostragem de 1.723 pessoas entrevistadas. O cálculo da diferença entre estas duas versões em um mesmo relatório foi de 2,6 pontos. Combinando esta diferença com as cotas de entrevistados por escolaridade na amostra usada pelo Datafolha com os números oficiais do TSE referentes a escolaridade dos eleitores do Estado de São Paulo concluímos que o Datafolha utilizou uma diferença inicial de 13,5 pontos que pode chagar até mais de 16 pontos que foram enviesados para a cota de entrevistados com escolaridade à nível de Ensino Superior, onde Geraldo Alckmin teve sua menor queda de aprovação, de acordo com resultados mostrados pelo próprio Datafolha.

Na pesquisa de avaliação da gestão de apenas seis meses do Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a análise não é muito diferente, a cota de entrevistados com escolaridade até o Ensino Superior é 12,2 pontos percentuais maior que os números oficiais do TSE.

Estas “mexidas” sutis feitas pelo Datafolha nos números a partir da utilização de cotas aumentadas artificialmente em setores da sociedade, que tradicionalmente são conservadores só podem mesmo ter como resultados números favoráveis ao Governador de São Paulo e desfavoráveis ao Prefeito da cidade de São Paulo e a melhor maneira de mapear estes eleitores conservadores é através das cotas de entrevistados a partir da escolaridade dos eleitores.

As pesquisas de opinião podem ser apresentadas de maneira mais simplificada para que as pessoas que não tem conhecimento sobre este assunto possam compreender os resultados. Apresentar relatórios complicados só facilita a confusão sobre o assunto e esta é, certamente sem sombra de dúvidas, a maneira mais fácil de manipular as pessoas.



Flávio Luiz Sartori
flavioluiz.sartori@gmail.com



quarta-feira, 3 de julho de 2013

segunda-feira, 1 de julho de 2013

PESQUISA DE AVALIAÇÃO DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEF DO ULTIMO FIM DE SEMANA: DATAFOLHA MANIPULOU AMOSTRAGEM PARA QUE RESULTADO FOSSE DESFAVORÁVEL AO GOVERNO.



É exatamente o que mostra uma análise comparativa da amostragem do Datafolha com dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, referentes a escolaridade do eleitorado brasileiro atualizados até Maio de 2013.

O Datafolha entrevistou 4.717 pessoas em todo Brasil, sendo 1.818 pessoas que representam 38,4% da amostragem com escolaridade até o Ensino Fundamental, outras 1.982 pessoas que representam 42% da amostragem com escolaridade até o Ensino Médio e 925 pessoas que representam 19,6% da amostragem total com escolaridade á nível de Curso Superior.


Essas informações referentes a amostragem usada pelo Datafolha em relação a pesquisa estão no link https://docs.google.com/file/d/0BwNK3WsXNyivSXF0SEF2NVRVdVk/edit?pli=1  com o relatório completo e a página onde estão citadas as cotas utilizadas pelo Datafolha com os números demarcados.

De acordo com os dados atualizados do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, a distribuição do eleitorado brasileiro por escolaridade é bem diferente das cotas de entrevistas utilizadas pelo Datafolha:



















Como podemos constatar na tabela acima, de acordo o TSE, hoje, 7,8% dos eleitores brasileiros chegaram até o nível de Ensino Superior. O Datafolha, no entanto, trabalha com uma cota de 19,6% de entrevistas com pessoas que responderam ter Curso Superior na sua pesquisa, portanto, 11,8% acima dos números do TSE.

No mesmo relatório do Datafolha o número de entrevistados dos que responderam ter estudado até o Ensino Médio foi 42% do total da amostra, enquanto que de acordo com dados do TSE os eleitores que chegaram até o ao Ensino Médio são 34,7%, portanto uma defasagem 7,3 acima dos números do TSE.

Em relação a cota de entrevistados do Datafolha por Escolaridade que responderam na pesquisa ter estudado até o Ensino Fundamento temos 38,4% do total de 4.717 da Amostragem. Quando comparamos esta cota com os números dos dados do TSE, no Brasil são 51,9% os eleitores com escolaridade até o Ensino Fundamental, portanto uma diferença de 13,5 pontos percentuais a mais que a cota utilizada pelo Datafolha.

Comparando os estratos de entrevistas do Datafolha por Escolaridade á nível Superior e Ensino Médio, onde a amostragem foi aumentada com o resultado da pesquisa que esta no link indicado acima  na página 18 percebemos que foi nestas cotas de entrevistas é que aconteceram, de acordo com o Datafolha, as quedas na avaliação positiva de Dilma Roussef. Por outro lado, quando analisamos a cota de entrevistados com Ensino Fundamental na amostragem do Datafolha, que foi diminuída pelo instituto em relação aos números oficiais do TSE, constatamos que foi onde a avaliação do mandato de Dilma perdeu menos pontos, segundo o Datafolha.


Conclusão

A pesquisa do Datafolha esta enviesada para ter um resultado desfavorável na avaliação do mandato de Dilma Roussef, se as entrevistas tivessem sido feitas com amostragem, com os números do TSE, obviamente que a avaliação positiva da presidenta seria maior para o Ótimo e Bom e menor para o Regular, Ruim e Péssimo.
O resultado desta pesquisa esta sendo usado politicamente para tentar enfraquecer o apoio político ao Governo Federal, principalmente em relação a proposta do plebiscito pela Oposição e seus aliados na mídia tradicional, principalmente, a Folha, o Estadão e a Rede Globo.
Isso precisa ser esclarecido para a sociedade porque é uma manipulação em favor dos partidos de oposição á direita, principalmente o PSDB, o DEM e o PPS ou seu sucessor.




Flávio Luiz Sartori


Blog “A Essência Além da Aparência”