Se não buscarmos a verdade, a mídia manipuladora e os que detém o poder sem o
compromisso com a verdade, sempre irão nos tratar como vemos na imagem acima.
A pouco mais de um mês conversei com um representante de um
partido político que me relatou que seu partido tinha realizado uma pesquisa de
opinião para testar o potencial dos principais candidatos a Prefeito de
Campinas para a eleição de 2016, ele me disse, obviamente que escondendo o jogo
da verdade dos números, que o Prefeito Jonas Donizette e que e o possível pré candidato do
PT, Márcio Pochmann, estavam no páreo na sondagem estimulada e ai eu perguntei
sobre o Dr. Hélio, para minha surpresa
ele respondeu que o Dr. Hélio não tinha sido colocado nas fichas de estímulo
para as entrevistas e ai eu questionei sobre quem teria feito a pesquisa e como
na atual realidade de Campinas uma empresa de pesquisa poderia fazer uma
sondagem de candidatos a prefeito sem colocar o nome do Dr. Hélio.
O fato é que tanto os partidos quanto os estrategistas da
política em Campinas se acomodam com a mesmice reproduzida nos “correios
populares, metros e eptvs” a tal ponto que a leitura da conjuntura política fica
tão pobre que chega irritar porque todos nós sabemos que a coligação,
composta principalmente pelo PSB e o PSDB, que elegeu Jonas em 2012, conta com
o apoio explícito da EPTV (Globo), Correio Popular e o Jornal Metro. Isso significa
que articular estratégias tendo como base notícias e analises conjunturais
destes meios de comunicação não leva a lugar nenhum, aliás, com todo respeito
pelos jornalistas que trabalham nestas empresas. Para comprovar isto basta uma
análise simples do fato de que até agora e, estamos no fim Dezembro de 2015, a
praticamente dez meses da eleição, não apareceu nenhuma pesquisa divulgada
publicamente com a avaliação do mandato do prefeito Jonas e muito menos como
ele estaria na disputa de sua reeleição.
O que se ouve são conversas e “ti ti tís” de que o prefeito
teria mostrado uma pesquisa a seus secretários onde ele estaria “muito bem”, que
o PT teria uma pesquisa com Márcio Pochmann competitivo e até mesmo o próprio
Dr. Hélio também teria pesquisas onde ele estaria na liderança e que em todas
estas pesquisas os candidatos oponentes dos que realizaram as pesquisas sempre
estariam com a rejeição acima dos 40%.
Tudo isso pode parecer muito bom para os candidatos, mas na
realidade não se traduz em verdade, são boatos e estórias, por isso mesmo vamos
a análise do que existe de fato concreto.
O prefeito Jonas, nesta altura do campeonato, se estivesse
bem avaliado nas pesquisas, mesmo que ótimo e bom fosse um pouco abaixo do
regular, obviamente que já teria divulgado estas pesquisas, até mesmo para
consolidar as forças políticas que estão com ele, principalmente na Câmara
Municipal. Se não tem nada a mostrar é que o que tem nas mãos não deve ser bom.
O PT está na defensiva diante a impopularidade do Governo
Dilma e mesmo que as pesquisas de IBOPE e Datafolha sejam notadamente pró PSDB,
os baixos números de aprovação da presidenta diante da crise econômica e
política mantém o partido em posição de cautela porque a situação do PT certamente esta refletindo em uma rejeição acima do normal para seus candidatos a prefeitos e Campinas não foge a regra. O PT só poderá tentar reverter este quadro
na prática se a situação do Governo melhorar e durante a campanha eleitoral na
televisão contando com a força de sua militância.
Por outro lado, temos a possibilidade de uma candidatura do
Dr. Hélio, que apesar de ser aparentemente ignorada pelas principais empresas
de comunicação de Campinas e também por parte dos concorrentes, principalmente
o prefeito Jonas, sofre seguidos ataques praticamente diários da mídia aliada do
PSDB e nesse caso não é necessário entender muito de política para deduzir que o
Dr. Hélio é sim um candidato que deve estar aglutinando o apoio de
significativa parte dos eleitores de Campinas.
Outros dois possíveis candidatos que poderiam surpreender
seriam Arthur Orsi e o ex Prefeito Pedro Serafim, mas a possibilidade deles é
muito remota. Orsi porque disputaria um eleitorado da Campinas tradicional com
epicentro no Centro e bairros adjacentes enquanto provavelmente teria
dificuldades de penetrar nas periferias. Pedro Serafim, hoje não tem mais a
máquina da Prefeitura de Campinas como tinha em 2012, por isso mesmo não conseguiria
articular as mesmas mesmas forças políticas pelo simples fato de que elas já foram cooptadas por Jonas. O PSOL e o PSTU
juntamente com outros sonhadores serão coadjuvantes.
Campinas teria hoje basicamente três nomes fortes
concorrendo ao cargo de prefeito, Jonas, Márcio Pochmann e Dr Hélio.
Para Jonas ser reeleito, seu mandato teria que ter sido ótimo
e bom em um grau de competência que permitisse a uma significativa parte dos
campineiros se esquecerem do Governo Hélio porque foi uma parcela dos eleitores
que votaram duas vezes seguidas no ex-prefeito, em 2004 e 2008, que migrou para
Jonas em 2012 levando ele a ser eleito. Se estes eleitores estiverem
decepcionados com o Governo Jonas em 2016, a tendência será de que eles
retornem para o Dr. Hélio ou até mesmo votem em um candidato apoiado por ele.
Diante do quadro colocado, se Jonas for para a disputa com
baixa aprovação de seu governo, só restará a ele torcer para que o Governo
Dilma continue em baixa junto com o PT, o que tornaria o discurso antipetista do
ódio, no feitio de Carlos Sampaio, sua única tabua de salvação, isso se o Dr.
Hélio não conseguir ser candidato.
Se o Dr. Hélio for candidato, pode vencer inclusive no
primeiro turno, se o antipetismo estiver forte.
Também podemos ter um segundo turno entre Dr. Hélio e Jonas
com os votos do PT certamente indo para o Dr. Hélio, ou entre Jonas e Márcio
Poichmann, com provavelmente a maioria dos votos do Dr. Hélio indo para o PT,
mas não na mesmo intensidade dos votos petistas que iriam para o Dr. Hélio caso
ele disputasse um segundo turno com Jonas. Lembrando que existe também a
possibilidade de um segundo turno entre Dr. Hélio e Márcio Pochmann e nesse
caso os votos do Jonas certamente iriam na sua imensa maioria para Dr. Hélio, mas
isto significaria que o Dr. Hélio, se eleito prefeito, voltaria a ficar refém
das mesmas forças que patrocinaram politicamente sua cassação em 2011.
Conclusão, como vocês podem perceber, ao que tudo indica,
mesmo que isso não seja admitido pela maioria da mídia pró-tucana e pelas forças
políticas de Campinas, a possível presença do Dr. Hélio no processo eleitoral em Campinas tende a
ser o fator decisivo na eleição do ano
que vem, tanto no caso do Dr. Hélio disputar como também se não disputar a eleição,
porque se ele tem apoio de significativa parte da opinião pública dos
eleitores, no caso de não poder ser candidato, a articulação política que se
coligar com o PDT estará fortalecida na disputa desde que tenha um nome de peso
como candidato a prefeito.
Lembrando que as acusações de corrupção tão presentes no debate politico atualmente estão cada vez mais generalizadas na classe política, atingindo praticamente todos partidos. Isso certamente terá um peso na escolha do eleitor, mas no caso de uma eleição municipal, o principal fator que deverá ser levado em conta será a capacidade dos candidatos de resolverem os problemas dos eleitores no dia a dia, em uma realidade onde a atuação governamental nos planos federal, estadual e municipal certamente se confundirá.
Estes são fatos concretos desprovidos de paixões, aliás,
como deve ser porque este humilde escrevinhador não tem procuração para defender nenhuma candidatura, sendo apenas um observador neste momento.
Flávio Luiz Sartori